terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Segundo dia na escola...

Estávamos bem ansiosos para voltarmos à escola e dar continuidade ao nosso trabalho. Mas eu tinha uma tarefa antes de voltar à escola, eu teria que imprimir uma foto para cada um dos alunos e presenteá-los com elas. Na aula do dia 08/11 eles pediram para eu levar a foto deles na próxima aula.
Quando chegamos na escola, no dia 24/11, tinha duas alunas que não estavam presentes na aula anterior e dois alunos que estavam na aula do dia 08/11 tinha faltado nessa aula. Isso foi um pouco negativo já que a continuidade do trabalho não aconteceria da mesma forma para todos os alunos. Este dia a professora titular da turma estava presente e outra professora que estava retornando de uma licença também, então a “platéia” estava maior. Procuramos uma sala maior e mais escura para realizarmos as projeções, desta forma, fomos para uma sala de vídeo que tinha na escola. O Charles literalmente levou uma mala para a atividade. Ficamos montando por uns quinze minutos o cenário da aula, penduramos uma cortina, arrumamos as luzes, as cadeiras, as figuras que seriam projetadas. Quando o Charles nos ensinou a trabalhar com as luzes foi bem legal, eu e a Magda parecíamos crianças vendo uma novidade. Para nós também foi um aprendizado.
Decidimos que não projetaríamos a história criada na aula anterior, pois talvez demoraria muito, já que teríamos que relembrar a história de algumas semanas atrás e também porque alguns alunos não eram os mesmos e não faria sentido a projeção de uma história que eles não conheciam e que não haviam participado de sua criação. Quando terminamos a montagem, chamamos os alunos para essa sala, eles estavam bem ansiosos. O Charles e a Magda ficaram encarregados com as projeções e eu com a câmara digital registrando tudo.
A atividade funcionou da seguinte forma:
Os alunos em dupla escolhiam algumas figuras e atrás da cortina criavam histórias em conjunto e as projetavam para os outros alunos e para as professoras. Ficou visível que essa era uma experiência completamente nova para eles e que se divertiram e riam muito. Não só eles, nós também. Todos participaram. As histórias foram de temáticas variadas; a bailarina que foi a igreja rezar, a mulher que viajou de avião para encontrar seu amor...
Tenho certeza que todos do nosso grupo ficaram satisfeitos com o resultado do nosso trabalho.
Abraços
Jéssica

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Foto da turma no primeiro dia...

Primeiro dia na escola...

Fiquei muito feliz com os resultados no nosso primeiro dia na escola. Fui à primeira do grupo a chegar, então aproveitei para analisar o local. A escola parecia bem antiga e pequena. Logo vi um mural na entrada, estava escrito que no dia anterior a escola estava fazendo 51 anos. As cores da fachada do prédio eram marrom e laranja. Alguns minutos depois chegou a Magda, e logo uma de nossas alunas, a Lili. Magda a recebeu com um abraço carinhoso, me apresentou a ela e fomos para o refeitório. Conheci as merendeiras e mais alguns alunos.
Fomos para a sala e nos conhecemos melhor, os alunos me disseram seus nomes e me apresentei a eles. Primeiro desafio: explicar o que era sociologia para adultos em processo de alfabetização, mas acho que me sai bem. Charles e Julia chegaram e começamos a distribuir os jornais. Eram seis alunos em sala, dois homens e quatro mulheres. Eles começam a folhar os jornais, e se interessam pelas manchetes e imagens. Alguns conseguiam ler e outros nós ajudávamos. Foi emocionante ver uma das alunas, a Madalena, juntando as sílabas e conseguindo ler. Então questionamos para eles para que serve o jornal? O que tem nas páginas? Qual sua importância? Depois perguntamos o que os chamou a atenção e pedimos para que recortassem essas figuras e colamos todas no quadro.
Havia figuras de casa, apartamento, carro, família, time de futebol, recicladores, entre outras. Começamos a montar uma história coletiva com as imagens selecionadas. Eles se aproximavam do quadro e montavam a história, colando as imagens em uma espécie de linha do tempo. Enquanto isso Magda ia escrevendo a narrativa do outro lado do quadro. A história começou triste, com uma família que morava na praia e perdeu sua casa por causa de um vendaval e de um vulcão e tiveram que fugir de carro. Os seus amigos rezaram por eles. Essa família vai para um grande apartamento na cidade. No final tudo acaba bem, em uma festa com música e comemoração de um gol do grêmio.
Pedimos para eles fazerem um desenho que gostariam de acrescentar na história. Eles resistiram um pouco, diziam que não sabiam desenhar, mas todos fizeram o desenho.
Isso foi o que conseguimos em uma noite da escola. No próximo dia que nos encontraremos, provavelmente dia 24, faremos a projeção de sombras da história criada. A metodologia do trabalho foi um pouco modificada em relação à primeira proposta, mas isso, já sabíamos que poderia acontecer, não houve conflito por isso. Gostei de estar lá, o contato com o Outro sempre é enriquecedor e nosso grupo se entrosou bem. Quanto aos alunos, todos são muito carinhosos, no intervalo teve chá e bolachas que uma das alunas trouxe para dividir, até os alunos de outra sala vieram para a nossa sala. Para esses alunos a escola é muito mais que um espaço de aprendizagem de conteúdo, mas principalmente um espaço de socialização, onde são ouvidos por alguém. Até mais.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O começo da experiência em sala de aula

Iremos fazer um trabalho de letramento na Escola de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul, localizado no centro de Porto Alegre. O grupo é formado pelos seguintes alunos, Charles (Artes Visuais), Jéssica (Ciências Sociais), Júlia (Pedagogia) e Magda (Pedagogia). O trabalho será realizado em uma turma de EJA, com alunos de diversas faixas etárias. A atividade ocorrerá em duas noites de terça-feira (08/11 e 22/11), cada uma com duração de três horas. O longo período para a realização desta aula justifica-se, por alguns desses alunos precisarem de mais tempo para assimilar o que está sendo proposto e também para interagir com os professores e alunos.
Primeiramente, os alunos serão divididos em dois grupos e escolherão em jornais e revistas, figuras ou notícias para a montagem de um painel. Sendo que os alunos também poderão desenhar o que desejarem. Após, deverão recortar do painel as imagens e montar uma história que serão apresentada ao outro grupo pela projeção de sombras. Logo, o outro grupo fará o mesmo. Assim os alunos não apenas ouviram a história, mas poderão vê-la por outro ângulo, pela sombra.
Está atividade abarcará diferentes perspectivas de aprendizagem. O letramento ocorrerá principalmente no período de manuseio do jornal. A narrativa oral está presente no planejamento dessa aula, no momento em que os alunos irão contar às histórias criadas por eles. Igualmente a criatividade será estimulada. O trabalho em grupo também faz-se presente, já que um grupo de alunos terá que criar uma história em comum. O objetivo secundário é desenvolver a motricidade dos alunos com o recorte das figuras secionadas.
O grupo está apreensivo com a realização da aula, estamos na expectativa, pois tudo depende muito da resposta dos alunos e como eles irão interagir com nossa proposta.
Até breve.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Fórun de discussão

No texto "Saberes docentes e formação de professores: um breve panorama da pesquisa brasileira”  de Célia Maria Nunes, a autora finaliza suas reflexões com algumas questões que ainda precisam ser exploradas pelos estudiosos brasileiros da área, são elas: " Como são transformados saberes teóricos em saberes práticos?, Existe um 'conhecimento de base' a ser considerado na formação de professores?, Como é constituído o saber da experiência?".
Penso que todas esses questionamentos são importantes e estão diretamente relacionados com a prática docente de sala de aula, que é um construto do professor ao longo de sua trajetória, não só profissional, mas igualmente pessoal. A passagem do saber teórico para o saber prático, deve ser iniciada ainda na graduação, e é essencial que tenhamos disciplinas que nos proporcionem o encontro com os alunos e o ambiente escolar. Tenho tido boas experiências na Faced e diversas cadeiras estão me proporcionando esses encontros. Obviamente creio que o saber prático aprofunda-se no exercício da profissão e a transformação desses saberes nunca cessa, pois um educador tem que estar em contínua formação.       
O 'conhecimento de base' que a autora cita na pergunta acima, em termos concretos, penso ser as disciplinas comuns a todas as licenciaturas, que independente da área de atuação, seja ela sociologia ou matemática, o aluno deve cursar. 
O saber da experiência também nunca cessa e é adquirido ao longo do tempo. Entretanto esse saber somente é bem utilizado se unido ao saber teórico. O professor não pode acomodar-se, não tendo uma prática reflexiva, deve aliar o saber teórico e o da experiência.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Primeiras idéias...

Na  aula do dia 27/09 a turma reuniu-se em grupos para uma discussão de suas propostas de atividades que serão realizadas nas escolas. O meu grupo era grande, umas oito pessoas, acho que eu e a Magda, eramos as mais falantes. Além disso, tínhamos um grupo de alunos de diferentes licenciaturas, o que proporcionou um diálogo interdisciplinar.
Confesso que a princípio estava pensado em realizar a atividade na escola sozinha, mas ainda bem que conversamos e percebi que seria muito mais proveitoso, principalmente para os alunos, que essa proposta pudesse ser contemplada por olhares diversos. Eu, a Magda e o Charles tivemos uma certa afinidade e faremos a atividade juntos. Ainda não acertamos todos os detalhes, mas faremos o trabalho em uma escola que a Magda leciona, em um turma de EJA.